SAÚDE
Cientista sananduvense é destaque em pesquisa do Covid-19
   
Ela criou produtos que inativam o coronavírus em 30 segundos

Por Rádio Sananduva
10/03/2021 10h09

penas 40,3% das certificações de doutorado na Plataforma Lattes em 2020 são de mulheres, de acordo com o projeto Open Box da Ciência, responsável por pesquisas de mulheres cientistas. Em contraste, a Organização das Nações Unidas (ONU) emitiu um comunicado em fevereiro deste ano ressaltando que as mulheres são 70% dos profissionais de saúde à frente do combate à pandemia.

 

É neste meio que mulheres como Alexsandra Valério, natural de Sananduva (RS), se destacam como exemplo de cientistas que estão trabalhando desde os primeiros sinais da chegada do coronavírus ao país. Com o agravamento da crise sanitária, a demanda por ferramentas de auxílio no combate ao novo coronavírus aumentaram e movimentam a indústria de saúde mesmo um ano depois do início da pandemia no Brasil.

 

Liderando uma equipe de 10 pesquisadores, com 70% de presença feminina de mestres ou doutoras, Valério se dedica a desenvolver ferramentas nanotecnológicas para inativar micro-organismos na TNS Nano, empresa de nanotecnologia. Em seu currículo, ela contabiliza quatro pós-doutorados nas áreas de engenharia, polímeros e biotecnologia e mais de 80 artigos publicados em revistas nacionais e internacionais.

 

Produtos inativam o vírus da covid-19 em 30 segundos

 

A cientista foi responsável pela criação de um aditivo antiviral capaz de inativar o Sars-CoV-2 após 30 segundos de contato. “São esferas pequenas, quase do tamanho do vírus, que tem o poder de atacar a barreira em volta do vírus e destruí-la”, diz a doutora em entrevista. “Elas são como guerreiras.”

 

A equipe da TNS ainda desenvolveu dois aditivos antivirais à base de íons de prata. O primeiro, o Protec-20, é estabilizado com aditivos naturais e inativa o vírus da mesma forma que o outro produto, destruindo a camada em volta dele. Já o segundo é um spray antiviral, feito em parceria com o Senai Paraná, que forma uma película protetora em superfícies por, no mínimo, 72 horas.

 

Por último, o grupo de Valério criou outro aditivo antiviral com uso de nanopartículas de cobre, com propriedade bactericida, antifúngica e antiviral. Ele minimiza contaminações cruzadas e pode ser utilizados na fabricação de materiais como tecidos, acrílicos e plásticos.

 

“Nós temos três produtos diferentes com ação antiviral mas composições diferentes, porque nem todo cliente usa o aditivo da mesma forma. Cada um tem um processo diferente. Alguns não podem ter água, por exemplo, e aí usamos a nanopartícula de prata”, afirma Valério. “A ideia é que o produto atenda legislações nacionais e internacionais e dê segurança ao usuário final.”

   

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