Através da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag) e Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul (Fetag-RS) foi promovido em Santa Maria, uma oficina sobre Previdência Social Rural. Da Regional de Passo Fundo (que possui 19 sindicatos conveniados) estavam convidadas a participar apenas três colaboradoras. Do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Tapejara, participou a colaboradora Flávia Alessandra Conte, nos dias 06 e 07 de agosto.

O objetivo foi capacitar e atualizar as lideranças sindicais e colaboradores sobre as novas regras da previdência rural. Durante a formação, foram abordadas as recentes mudanças no Cadastro Nacional de Informações Sociais (CNIS), que passará a ser prova exclusiva para o reconhecimento dos direitos dos agricultores(as) familiares e segurados(as) especiais. Para Flávia, o treinamento foi fundamental. “Nos auxilia para que possamos orientar corretamente nossos associados sobre seus direitos previdenciários, garantindo que todos estejam cientes das novas exigências e procedimentos necessários”, diz.

Entre as principais mudanças está a necessidade que todos os agricultores mantenham atualizada sua CAF (Cadastro Nacional da Agricultura Familiar), anteriormente conhecida como DAP (Declaração de Aptidão ao Pronaf). Esse documento é fundamental, pois servirá para alimentar a base de dados do governo, garantindo acesso a políticas públicas e benefícios destinados à agricultura familiar.

Flávia ainda alerta que atualmente se percebe que muitos casais jovens não têm sua documentação em ordem, como por exemplo a certidão de casamento, o que representa um grande desafio ao requerer benefícios junto ao INSS. “Nesses casos, precisamos orientar o associado/cliente a buscar três provas documentais que comprovem a união estável, mas, muitas vezes, esses documentos são inexistentes, o que dificulta ainda mais o processo”, explica.

Segundo o presidente do STR, Silvério Melara, a entidade está dedicada a assegurar que os agricultores familiares estejam bem informados e preparados para enfrentar as mudanças no sistema previdenciário, protegendo seus direitos e garantindo a continuidade do seu trabalho no campo, por isso, busca-se a formação constante das colaboradoras.