ESTADO
Presidente da Amunor é a favor de flexibilização com responsabilização conjunta
   
Miorando diz que deve haver bom senso sob liderança do Estado

Por Renee Rodrigues
22/07/2020 10h45

Em reunião com a Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs) e presidentes das 27 associações regionais de municípios do Estado realizada no final da tarde de terça-feira (21), o governador Eduardo Leite (PSDB) propôs autonomia aos municípios para adotarem restrições no modelo de distanciamento social de enfrentamento ao coronavírus. A proposta foi negada pelos prefeitos, que consideram que não podem assumir a responsabilidade sozinhos e que é preciso haver uma orientação do governo estadual.

Após a reunião, o residente da Famurs e prefeito de Taquari, Maneco Hassen, postou um vídeo explicando o posicionamento da entidade. “Não há dúvidas de que estamos passando por uma crise muito difícil. Infelizmente, os números aumentam a cada dia e o nosso cuidado tem que ser redobrado. E, para ter esse cuidado, precisamos ter uma atuação unificada, precisamos trabalhar juntos, precisamos estar unidos. E, justamente por isso, neste momento, os prefeitos e prefeitas rejeitaram a proposta do governador de transferir a responsabilidade para a definição das bandeiras aos municípios e suas associações. É hora de trabalharmos unidos para que a gente possa melhorar o modelo e vencer o coronavírus juntos”, disse.

O presidente da Amunor e prefeito de Água Santa, Jacir Miorando, disse em entrevista ao Novo Tempo que entende que o Estado deve manter a sistemática das bandeiras e flexibilizar para os municípios tomarem algumas medidas de acordo com sua realidade. Por exemplo, mesmo estando na bandeira vermelha, é possível que o comércio de cidades pequenas permaneça aberto, mas que continuem as restrições com festas, eventos e outras aglomerações. Segundo ele, essa discussão precisa avançar. “Acredito que após a realização das reuniões regionais, nos reuniremos com a Famurs para a elaboração de um documento, alinhando um consenso. A flexibilização é válida desde que haja uma responsabilização conjunta, de Estado e municípios. Neste momento, cabe aos prefeitos o bom senso com as permissões para que não resulte em aumento de casos, porém é hora de estarmos unidos sob a liderança do governo do Estado”, finalizou.

Ficou decidido que será criado um fórum permanente de diálogo, com a participação dos municípios, para definição das bandeiras e das restrições do modelo de distanciamento controlado.

   

  

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