Nesta terça-feira (20/05), teve início uma grande mobilização estadual em defesa da agricultura e da pecuária familiar, organizada pela FETAG-RS (Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul). Diante da grave crise enfrentada no campo, com sucessivas perdas causadas por estiagens, enchentes e dificuldades no acesso ao crédito, agricultores familiares se uniram para exigir respostas imediatas do governo federal.

Tapejara marcou presença nas mobilizações, embora o município não tenha sediado manifestações locais. Representantes do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Tapejara se deslocaram até Porto Alegre e Erechim para participar ativamente dos atos, fortalecendo as demandas por prorrogação de dívidas, fortalecimento do Proagro e medidas emergenciais que garantam a continuidade da produção agrícola.

Em Erechim, a mobilização reuniu diversos sindicatos rurais e trabalhadores da região norte do estado no entroncamento das rodovias ERS-135 e BR-153. O ato contou com a participação de sindicatos de Erechim, Getúlio Vargas, Nonoai, Sananduva, São José do Ouro, Paim Filho e também de trabalhadores rurais de municípios como Faxinalzinho, Barão de Cotegipe, Gaurama, Viadutos, Maximiliano de Almeida, Mariano Moro, Centenário e Sertão. O Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Tapejara esteve presente ao lado de cooperativas, entidades empresariais, empresas do agro e representantes da sociedade civil.

A mobilização em Erechim teve como pauta central a defesa do Projeto de Lei 320/25, que propõe a securitização das dívidas dos produtores rurais utilizando recursos do fundo do pré-sal. A ação foi articulada pela Farsul e contou com a liderança de Jefferson Holleben Camozzato, presidente do Sindicato Rural de Sananduva e vice-presidente da Farsul, que mobilizou uma comitiva já nas primeiras horas da manhã.

Paralelamente, uma delegação da FETAG-RS cumpre agenda em Brasília, buscando pressionar o governo federal por soluções efetivas e duradouras. O presidente da FETAG-RS, Carlos Joel da Silva, afirmou que a mobilização é pacífica, legítima e necessária: “Estamos nesta mobilização para exigir respeito ao nosso trabalho e condições para continuar produzindo. Não podemos mais esperar”.

De acordo com diagnóstico realizado pela Farsul, as perdas acumuladas na agricultura gaúcha já ultrapassam R$ 100 bilhões em receita, especialmente nas culturas de arroz, milho, soja e trigo, refletindo diretamente na capacidade dos produtores honrarem seus compromissos financeiros.

As mobilizações seguem por tempo indeterminado, e Tapejara continua presente nessa luta estadual por dignidade, políticas públicas e respeito à agricultura familiar.